A Internet das Coisas (IoT) conecta dispositivos e sistemas pela internet, permitindo a troca eficiente de dados com sensores e software.

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A jornada da IoT começou muito antes de ganhar seu nome atual. Em 1969, quando a ARPANET permitiu a primeira comunicação entre dois sistemas diferentes, iniciou-se o fundamento do que viria a se tornar a internet moderna.

Um marco interessante ocorreu em 1982, quando uma máquina de venda automática da Coca-Cola foi conectada à ARPANET para relatar seu inventário e temperatura das bebidas.

O conceito “Internet das Coisas” foi mencionado pela primeira vez por Peter T. Lewis em 1985, mas o termo só foi oficialmente cunhado por Kevin Ashton da Procter & Gamble em 1999, que enxergava a identificação por radiofrequência como elemento crucial para a comunicação entre dispositivos.

As aplicações da Internet das Coisas permeiam praticamente todos os aspectos de nossa vida cotidiana. No âmbito doméstico, as casas inteligentes permitem controlar remotamente sistemas de ar-condicionado, iluminação e segurança, proporcionando conveniência, economia de energia e maior tranquilidade.

 Os dispositivos vestíveis, como pulseiras fitness e óculos inteligentes, coletam dados sobre nossos hábitos e saúde, oferecendo insights valiosos para melhorarmos nossa qualidade de vida.

No setor industrial, a Internet Industrial das Coisas (IIoT) está revolucionando a manufatura com máquinas equipadas com sensores e análise de big data, resultando em maior precisão, eficiência e redução de custos. Segundo estimativas, a melhoria da produtividade industrial pode contribuir com até US$ 15 trilhões para o PIB mundial nos próximos 15 anos4. Já na área de mobilidade urbana, sistemas de monitoramento de tráfego baseados em IoT estão ajudando a criar cidades mais inteligentes, reduzindo congestionamentos e otimizando o fluxo de veículos3.

Os avanços tecnológicos na área de agricultura de precisão demonstram o poder transformador da IoT. Sensores instalados em campos agrícolas fornecem dados em tempo real sobre umidade do solo, condições meteorológicas e saúde das plantas, permitindo decisões mais precisas sobre irrigação e aplicação de insumos.

Empresas como a John Deere desenvolveram soluções que otimizam o uso de fertilizantes e pesticidas, aumentando a produtividade e reduzindo o impacto ambiental.

No setor energético, as redes inteligentes (smart grids) representam outro exemplo notável de aplicação da Internet das Coisas. Estas redes coletam e analisam dados de forma automatizada, melhorando a eficiência e economia no uso de eletricidade, além de detectar falhas no sistema com maior rapidez e precisão.

A Internet das Coisas continua evoluindo rapidamente, impulsionada pela computação em nuvem, análise avançada e tecnologias móveis. Essa convergência tecnológica permite que objetos físicos compartilhem e coletem dados com mínima intervenção humana, criando sistemas cada vez mais autônomos e eficientes.

 À medida que mais dispositivos se conectam, novos modelos de negócios surgem, transformando indústrias inteiras e abrindo possibilidades antes inimagináveis.

A revolução da Internet das Coisas não é apenas sobre conectar objetos, mas sobre criar um mundo mais inteligente, eficiente e sustentável. Ao adotar essas tecnologias, estamos construindo um futuro onde a interconexão digital melhora significativamente nossa capacidade de compreender e interagir com o mundo físico ao nosso redor.